Por coincidência, o Centro Cultural Banco do Brasil está organizando uma mostra de filmes de A.P. Galante, um dos diretores mais conhecidos da Boca (> leiam matéria na Folha).
Pela absoluta indigência do cinema nacional na época (final dos anos 70), o pouco que se produzia em película atraía a atenção de estudantes universitários e alguns intelectuais, entre eles Rogério Sganzerla e Carlos Reichembach, que produziram vários filmes para A.P. Galante. Daí uma pretensa leitura "cabeça" de alguns desses filmes, que às vezes exploravam temas políticos e sociais. Mas A. P. Galante era pragmático: "E daí? O importante é que dá dinheiro", costumava dizer.
Com a abertura nos anos 80, a separação entre o cinema puramente comercial e o "artístico" ficou mais clara. Daí surgiu a avalanche de filmes da Rua do Triunfo, que sobreviveu como pôde até a chegada do vídeo-cassete e a invasão do "american porn".
Com certeza nossa musa Taninha Gomide (e outras - lembra-se de "Elena Andréa"?) teria hoje outras possibilidades na carreira, mas também mais concorrência com as "celebridades do minuto" dos Big Brothers da vida.
(Buteco.com, 07/06/2004)
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