20 de dez. de 2009

"Por Deus, as estrelas vermelhas são inúteis!"

Um dos livros que estou lendo no momento é "Yalta, ou a Partilha do Mundo", do francês Arthur Conte. O livro, escrito em 1964, foi editado em português pela Bibioteca do Exército Editora em 1986.

O livro é um relato minucioso da situação do conflito e do encontro dos "Três Grandes" que ocorreu em Yalta, no início do 1945, ocasião em que a situação do mundo pós-2.ª Guerra já começava a se delinear.

Conte é um entusiasta ao se referir ao comunismo e à URSS, para ele uma nação que se encaminha a um futuro glorioso, ao contrário dos EUA e da Grã-Bretanha, "onde se processa um ciclo de evolução que a Rússia já sofreu há 30 anos e no qual o soviético tem a certeza de não voltar a cair".

A base da ação externa da URSS é assegurar a vitória da Revolução e exportá-la ao resto do globo, começando pelos "Estados-tampão" do Leste Europeu, aí incluída também a Finlândia.

O assessor do Marechal Tito da Iugoslávia, Milovan Djilas, visitou Josef Stalin no verão de 1944. Palavras de Stalin:

- Sobretudo, evitem assustar os ingleses. Não os alarmem com um eventual golpe de força comunista. Façam-se menos comunistas possível. Que pensam fazer com essas estrelas vermelhas nos bonés? Importante é o que se merece, e vocês... Estrelas! Por Deus, as estrelas vermelhas são inúteis!



(almanaq, 19/04/2005)

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