"Doravante, como na Revolução Francesa, pelo menos em seus momentos culminantes, 'a inteligência pela inteligência' é suspeita, enquanto a devoção do bruto e até mesmo seus instintos desencadeados são considerados 'revolucionários'. Doravante, já que se trata de sua ditadura, o proletário, como um predestinado, será salvo, eleito, mesmo que estupre, que mate, que roube, sendo sua simples qualidade de 'trabalhador' um passaporte para a impunidade e uma auréola de santo. Durante esse período aberrante, que Górki qualificará de 'reinado do grosseirão', vai se poder gritar: 'Abaixo a inteligência!'".
"A Rússia durante a Revolução de Outubro", de Jean Marabin
(almanaq, 13/07/2005)
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