14 de dez. de 2009

Enquanto isso, no Planalto...

Servidora das fotos eróticas se diz vítima de abuso sexual

Brasília - Começou a ganhar contornos de escândalo o caso da servidora do Ministério da Agricultura que tirou fotos eróticas num gabinete onde funciona a Secretaria-Executiva da pasta. Segundo fontes do governo que acompanham a investigação, o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, telefonou nesta quinta-feira para o ministro interino da Agricultura, Linneu Costa Lima, para pedir esclarecimentos sobre a sindicância que investiga o envolvimento de Fabíula Rodrigues da Silva, 18 anos, com autoridades e funcionários públicos.

Durante o dia, Fabíula circulou pela Esplanada dos Ministérios e Praça dos Três Poderes, ao lado de Jean Paulo Francisco, apresentado por ela como seu procurador, acusando uma autoridade com status de ministro de obrigá-la a fazer sexo. Fabíula assegura que pode provar a denúncia. Ela chegou a citar nome, cargo e CPF do suposto acusado.

Sempre ao lado de seu Jean Paulo Francisco, ela disse ter recebido propostas de contrato com revistas masculinas após a repercussão das fotos. Nesta quinta-feira, mais um lote de fotos pornográficas de Fabíula circulou na internet, algumas tiradas em locais públicos.

A comissão de sindicância do Ministério da Agricultura que investiga a história confiscou o computador usado por Fabíula. A servidora contou que agentes da Agência Brasileira de Informações (Abin) estiveram em sua residência, na cidade de Taguatinga, e confiscaram 400 de um total de 1.400 fotos eróticas. “Mas ainda temos outras fotografias, uma inclusive compromete com certeza um representante do primeiro escalão”, disse Jean Paulo Francisco.

Na procuração apresentada por eles consta que Francisco também é o responsável por "eventuais" contratos de imagens da "Darlene de Brasília", como Fabíula ficou conhecida, numa referência à personagem da novela Celebridades, que faz tudo para ficar famosa. "A única coisa que nos preocupa é a sua integridade física", disse ele. A dupla promete fazer mais barulho.

Texto completo no site do Estadão


(Buteco.com, 25/06/2004)

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